sexta-feira, agosto 30, 2013

Em defesa da Cinemateca


A diretora da Cinemateca Portuguesa / Museu do Cinema alertou recentemente que a instituição corre o risco de suspender as suas atividades a partir de Setembro, caso não seja encontrada rapidamente uma solução para os problemas de tesouraria, resultantes da quebra das receitas provenientes da taxa cobrada sobre a publicidade televisiva.

De acordo com o jornal Público, a Cinemateca sobrevive desde Abril através de “dotações extraordinárias” do Fundo de Fomento Cultural. Mas em Agosto faltaram também as verbas para compensar os problemas administrativos e financeiros da instituição, causados pelas quebras nas receitas publicitárias das estações de televisão.

Em defesa da Cinemateca está disponível uma petição online, dirigida à presidente da Assembleia da República, preconizando que o assunto seja debatido no Parlamento e que se tomem as medidas “legislativas e políticas necessárias para garantir o funcionamento da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema” e para evitar o seu encerramento.

Em defesa da Cinemateca Portuguesa, assine aqui:
 
Veja também: Salvemos a Cinemateca


 
 

domingo, agosto 25, 2013

Em Agosto de 1988 ardeu o coração de Lisboa



 




As fotos de Luís Manuel Vasconcelos que aqui publicamos por gentileza e amizade do autor são o testemunho de um grande e corajoso repórter fotográfico sobre um momento dramático da vida da cidade de Lisboa.







Naquele dia 25 de Agosto de 1988, alguns arriscaram a vida para combater as chamas, como também outros arriscaram para testemunhar de perto o drama de uma cidade com o coração a arder. 

Luís Manuel Vasconcelos foi um deles. Obrigado. 
A CML esqueceu-o no álbum que editou sobre o incêndio do Chiado mas isso não diminui o valor destes testemunhos.
Passados todos estes anos o Chiado tem uma vida nova e é outra vez um dos centros da cidade.

Entretanto, o plano de recuperação urbanístico e arquitectónico que regenerou o Chiado, assinado pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira, foi publicado em livro, com o título «Chiado em Detalhe».

quinta-feira, agosto 01, 2013

Lisboa em Agosto



360 graus

O Arco da Rua Augusta, renovado com um elevador que dá acesso ao topo, proporciona a Lisboa um miradouro que permite uma vista de 360 graus sobre a cidade das Sete Colinas, os seus monumentos e o rio Tejo.
Para alcançar o miradouro foi instalado um elevador, que leva os visitantes até ao segundo piso. Depois de subir dois lanços de escadas estreitas chega-se ao topo do Arco, onde se tem vista desafogada sobre a rua Augusta, a ponte 25 de Abril, o Castelo de São Jorge e a Sé, como também sobre a Praça do Comércio e o Rio Tejo, tudo isto pela módica quantia de €2,50.

O Arco da Rua Augusta foi desenhado em 1759 por Eugénio dos Santos, na época da reconstrução pombalina da baixa de Lisboa arrasada pelo terramoto de 1755.


Sob o signo de Amadeo
O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian ocupa todos os seus espaços expositivos desde 25 de julho, e ao longo de seis meses, com 350 obras de arte da coleção da entidade para celebrar trinta anos de existência do CAM.
A celebração decorre sob o signo de Amadeo Sousa Cardozo, expondo 150 obras do grande precursor da modernidade portuguesa, a quase totalidade da pintura e desenhos deste artista que o Centro tem na sua coleção, integradas quer através de aquisições, quer da grande doação da viúva do artista à Fundação.

Lisboa anos 40
A exposição “Última Fronteira” estará patente até dia 15 de Dezembro no Torreão poente do Terreiro do Paço e permite observar uma Lisboa diferente da dos dia de hoje. A exposição é inspirada no livro “Uma cidade em tempo de guerra”, da autoria de Margarida Magalhães Ramalho, e conta em fotografías, documentos, trajes, objetos de decoração, cartazes publicitários, mobiliário comercial, doméstico e urbano, maquinaria de comunicação, acessórios, filmes e gravações radiofónicas a “vida” lisboeta por altura da II Guerra Mundial.
A exposição “transporta” o visitante para a Lisboa que era então a esperança de muitos, por ser um ponto de neutralidade e, para alguns, de acesso à liberdade. O imaginário do filme “Casablanca” está bem presente na exposição.
Lisboa era também “o paraíso dos espiões”, retratado em muitas relatos jornalísticos como em obras de ficção, a cidade do inglês Ian Fleming, “oficial do governo” ou do jugoslavo Busko Popov, “diplomata”. Ou a cidade de Calouste Gulbenkian, por causa de quem a PIDE “solicitou” à administração dos Correios escutas aos telefones do Hotel Avis.
A exposição pode ser visitada de segunda a sexta das 10h00 às 20h00.

Museu Cosme Damião
O Museu Cosme Damião, inaugurado no dia 26 de Julho, leva os visitantes a “viajarem” pelos 109 anos de história do Benfica, de Lisboa, do País e do Mundo ao longo do século XX e da primeira década do século XXI. Entre dois andares os visitantes percorrem uma cronologia com os acontecimentos nacionais e internacionais mais relevantes do último século.
Situado no complexo do Estádio da Luz, o Museu é composto por três pisos, divididos em 29 áreas temáticas. Em destaque, pela imponência mas também pela particularidade de atravessar os três andares, encontra-se uma vitrina que expõe os troféus ganhos pelo clube nas várias modalidades. A "viagem" que percorre o mundo do Benfica destaca o ecletismo, mas o futebol, como seria de esperar, ocupa a maior "fatia" do espaço, com os troféus oficiais representativos, por exemplo, da conquista do Campeonato Nacional (32) ou da Taça de Portugal (24), duas Taças dos Campeões Europeus, como também a Taça Latina e as "gigantescas" Ramón Carranza, ou a Taça General Craveiro Lopes, conquistada pelo Benfica na inauguração do Estádio das Antas, ao derrotar o FCP por 8-2. Eusébio, a maior glória do Clube, “convive” virtualmente com os visitantes.
Perto do final da visita, é possível seguir “O Voo da Águia” e revisitar a história benfiquista em 1.000 segundos (16 minutos), num auditório com capacidade para 86 pessoas, situado na cúpula do museu.
O mais recente Museu da cidade é sem dúvida o mais moderno e interativo dos espaços museológicos do guia de Lisboa.