sexta-feira, maio 30, 2014

Mudos que falam, surdos que respondem

84ª edição da Feira do Livro de Lisboa
800 mil euros de investimento
250 pavilhões
537 editoras e chancelas
900 iniciativas
Um Banco dos Bens Doados, com livros, novos ou usados, para crianças 
30 espaços de restauração
Um ecrã gigante para seguir o Mundial de Futebol
Parque Eduardo VII
29 Maio a 15 de Junho, de segunda a quinta das 12h30 às 23h, às sextas até às 24h, sábados das 11h às 24h e domingos das 11h às 23h.

O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.
Padre António Vieira 
O mundo está cheio de livros fantásticos que ninguém lê.
Umberto Eco
Não há livro tão mau que não tenha algo de bom.
 Dom Quixote

Ainda vale a pena comprar na Feira do Livro? 
Pergunta e responde o Jornal de Negócios. Leia aqui

sexta-feira, maio 16, 2014

Saem as sardinhas


Há uma sardinha em forma de quiosque (à esquerda), outra em forma de pasta de dentes (em baixo à direita). 
Sete sardinhas - seis apresentadas por portugueses e uma por um mexicano - venceram o concurso de criatividade lançado pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).

Cerca de cinco mil participantes apresentaram sardinhas a concurso. O júri avaliou mais de 8000 propostas de sardinhas, este ano. A maioria são sardinhas portuguesas mas vieram sardinhas a concurso de Itália (301), Brasil (289), Grécia (215), Espanha (169) e até da China (13 sardinhas).
As sardinhas vencedoras vão andar por Lisboa no mês de Junho para promoção das Festas da Cidade.

Quanto às sardinhas propriamente ditas ainda há que esperar um pouco mais até que pinguem no pão. 

quinta-feira, maio 15, 2014

TOBIS or not TOBIS, eis a questão

De há uns anos para cá as políticas em Portugal acabam todas com o mesmo filme: privatiza-se. A Tobis Portuguesa, herdeira da Companhia Portuguesa de Filmes Sonoros Tobis Klangfilm, foi privatizada no Outono de 2011, adquirida por investidores angolanos por sete milhões de euros, a base de licitação pela qual foi posto à venda. E agora os antigos estúdios de cinema ali estão, na Quinta das Conchas, ao Lumiar, a produzir um filme mudo e parado no tempo.
A Tobis tinha 79 anos e enquanto houve cinema em Portugal – desde a Canção de Lisboa e do Pátio das Cantigas - foi ali que se fez. E assim foi até chegar ao poder uma casta política que acaba com tudo: a agricultura, as pescas, os transportes, o teatro, o cinema. É uma espécie de praga, pior que a dos escaravelhos das palmeiras ou os besouros dos pinheiros.

A Tobis foi fundada em 1932 e já neste século investiu fortemente em tecnologia para pós-produção de imagem e som. Poucos anos após esse investimento foi alienada pelo Estado.


E agora? Agora, vamos para intervalo. 


domingo, maio 04, 2014

MORAL E MURAIS DE ABRIL


Escrito a letras douradas sobre fundo preto, este mural da Calçada da Glória, da autoria do pintor Mais Menos, para a Galeria de Arte Urbana de Lisboa, regista a moral de Abril, 40 anos depois: letras douradas sobre fundo de luto. 
Quando e onde não há moral, nem todos comem. 

Fotografia de Francisco
Texto de João