quinta-feira, março 31, 2016

Jamaica, Tokyo e Europa ainda não tocaram a Última Valsa

Os donos das discotecas Jamaica, Tokyo e Europa, em risco de fechar no Cais do Sodré, decidiram penhorar o edifício onde estes espaços se encontram para exigir negociações com os proprietários.
No início do mês de Março, os arrendatários do Jamaica e Tokyo e do Europa divulgaram a denúncia dos seus contratos de arrendamento, feita pelos senhorios, que venderam o edifício a uma imobiliária, que, por sua vez, o vendeu a um grupo hoteleiro francês. Tal medida obriga a que, até meados de Abril, os inquilinos deixem o prédio onde se encontram, na Rua Nova do Carvalho, para ali ser construído mais um hotel. Para o lugar do Tokyo e do Europa está projectado um spa com piscina e balneários.

O dono da histórica discoteca Jamaica - onde o disc-jockey Mário Dias mandava as pessoas para casa ao som de The Last Waltz, por The Bandrevelou  que o Tribunal Judicial de Lisboa decidiu favoravelmente ao pedido de indemnização feito por este arrendatário contra os senhorios, no valor de 200 mil euros. Em causa está a derrocada que ocorreu há cinco anos, que obrigou ao encerramento da discoteca por quatro meses.
Fotos Beco das Barrelas


domingo, março 27, 2016

DIA MUNDIAL DO TEATRO: Lisboa tem teatros há 25 séculos

 O Museu do Teatro Romano, situado no Pátio do Aljube, exibe estruturas arqueológicas, que remontam ao século IV a. C. e contam a história do teatro em Lisboa.
Constituindo um dos cinco núcleos do Museu de Lisboa, o Museu do teatro Romano está equipado de passadiços metálicos dispostos em vários níveis, bem como dotado de legendas explicativas das várias ruínas, o que torna possível avaliar de perto os vestígios da ocupação humana do local, contando a história do teatro em Lisboa.

Hoje, Lisboa dispõe - ou disporá - de 50 salas de teatro, recenseadas pela CML. A saber: 

Academia Dramática Familiar 1º de Novembro, Café - Teatro Santiago Alquimista, Casa Conveniente, Chapitô, Cine-Teatro da Encarnação, Clube Estefânia, Comuna Teatro de Pesquisa, Espaço Eclipse, Espaço Negócio, Espaço Ribeira, Estrela Hall - The Lisbon Players, Estúdio Mário Viegas, Gabinete Curiosidades Karnart, Gota TeatroOficina, Maria Matos Teatro Municipal, Mini-teatro da Calçada, Palco Oriental, Sala-Estúdio Os Papa-Léguas, São Luiz Teatro Municipal, Sociedade de Instrução Guilherme Coussoul, Teatro Aberto, Teatro Armando Cortez, Teatro Belém Clube, 

Teatro Bocage, Teatro Camões, Teatro Casa da Comédia, Teatro Cinearte, Teatro da Cornucópia, Teatro da Garagem, Teatro da Luz / Teatro Dom Luiz Filipe, Teatro da Politécnica, Teatro da Trindade, Teatro da Voz, Teatro de Carnide, Teatro do Bairro, Teatro Ibérico, Teatro Lanterna Mágica, Teatro Maria Vitória, Teatro Meridional, Teatro Mundial, Teatro Nacional de São Carlos, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Politeama, Teatro Praga, Teatro São Francisco de Assis, Teatro Taborda, Teatro Thalia, Teatro Tivoli BBVA, Teatro Turim, Teatro Villaret.
Mas a cidade tem uma mágoa constante na memória de cada sala de teatro encerrada para sempre, ou de cada espaço entregue ao marasmo ou ao oportunismo.

O teatro esteve sempre aqui e permanecerá para sempre. 
E agora, nestes últimos cinquenta ou setenta anos, ele é particularmente necessário.

Da mensagem do director teatral Anatoli Vassiliev para o Dia Mundial do Teatro 2016.   

sábado, março 19, 2016

Em dois anos Lisboa perdeu dez esquadras de Polícia

A Polícia de Segurança Pública encerrou dez esquadras em Lisboa, ao longo dos últimos dois anos, no âmbito do que é designado por "processo de racionalização ainda em curso (PRAC)", segundo a direcção nacional da força da PSP.
Das seis esquadras que estavam para abrir, apenas uma abriu efectivamente, na Rua da Palma. 

No área do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP foram encerradas esquadras em locais como a rua Gomes Freire, Rossio, Boavista, Belavista, Santa Marta, Mouraria, Alto do Lumiar, Santa Apolónia, Chelas (Zona J) e Quinta da Cabrinha (Alcântara).
A esquadra da Quinta da Cabrinha é agora a sede das equipas de intervenção e fiscalização policial, a de Chelas (zona J) mantém-se aberta como posto de atendimento permanente, enquanto a esquadra de Santa Apolónia funciona como posto de atendimento ao turismo.
A Divisão de Trânsito foi deslocada para a esquadra do Alto do Lumiar, que também funciona como esquadra de atendimento permanente.
A proposta de reorganização, elaborada pelo Governo e pela PSP e aprovada em reunião de Câmara de Lisboa, em Maio de 2014, previa o encerramento de 14 esquadras: Rossio, Mouraria, Santa Marta, Rato, Arroios, Zona I (Chelas), Chelas (Zona J), Bairro da Horta Nova, Bairro Padre Cruz, Carnide, Calvário, Quinta do Cabrinha, Campolide e Serafina.

Nove destas esquadras mantêm-se actualmente em funcionamento: Rato, Arroios, Calvário, Zona I (Chelas), Campolide, Serafina, Bairro da Horta Nova, Bairro Padre Cruz e Carnide.
Além de cinco esquadras da lista inicial fecharem portas -- Rossio, Mouraria, Santa Marta, Chelas (zona J) e Quinta da Cabrinha -, as outras cinco que foram encerradas não constavam da proposta: rua Gomes Freire, Boavista,
Belavista, Alto do Lumiar e Santa Apolónia.

O plano de reorganização contemplava ainda a abertura de outras seis esquadras em Lisboa: na Baixa Pombalina, no Palácio da Folgosa, na estação do Metropolitano do Marquês de Pombal, em Campolide, no Lispólis (Lumiar) e em Alcântara.

Contudo, destas, a única esquadra aberta foi a do Palácio da Folgosa, na rua da Palma.
Fotos Beco das Barrelas

quinta-feira, março 17, 2016

Carris faz agulha para a CML

O Governo está a negociar a anulação da subconcessão da gestão da Carris e do Metropolitano de Lisboa ao grupo mexicano ADO-Avanza. Os mexicanos concorreram à concessão dos transportes de Lisboa com o objectivo der estabelecer na capital portuguesa a alavanca para uma posição de liderança na área da mobilidade urbana da Europa.
Mas o poder político de Portugal mudou a meio do processo e António Costa – que foi presidente da Câmara de Lisboa – lidera agora um governo que decidiu meter travões da fúria de privatizações e concessões do executivo anterior.
O cenário em que o Governo de António Costa está a trabalhar admite que a propriedade da Carris passe para o domínio do município da capital, aspiração antiga da autarquia.
O actual Governo português assentou num acordo entre PS, Bloco de Esquerda e PCP. O programa do acordo pressupunha o reforço das competências das autarquias locais na área dos transportes, o que implicaria a anulação de concessões e privatizações dos transportes colectivos de Lisboa e Porto que estavam em curso.
“O objectivo é claramente aproximar as empresas de transporte rodoviário dos municípios”, afirmou recentemente o secretário de Estado dos Transportes.
Fotos Beco das Barrelas 

segunda-feira, março 14, 2016

15 novos hotéis em Lisboa. E para o ano há mais


RR Hotel
Os recordes de dormidas em Portugal têm vindo a ser verdadeiramente pulverizados. E Portugal responde com a abertura de mais hotéis, a grande maioria de 4 e 5 estrelas. Mas a palavra saturação já começa a aparecer no vocabulário do negócio, enquanto os projectos para novas unidades não param de ser apresentados e aprovados.

O turismo em Portugal está em alta, muito alta, e em Lisboa está altíssimo. Este ano, Portugal vai inaugurar 29 novos hotéis, 15 dos quais são em Lisboa. E para o ano que vem, só em Lisboa, está prevista a abertura de mais 13 unidades hoteleiras. Que as conjunturas se mantenham favoráveis a este boom da hotelaria, isso já não depende só de Portugal e dos portugueses, de Lisboa e dos lisboetas.

DN Hotel 
Das unidades previstas para 2016 destaca-se o Hoti Aeroporto, com 180 quartos, o maior hotel que vai abrir este ano em Lisboa. Para 2017, entre muitos outros, está já marcada a transformação do edifício Braz&Braz num hotel de quatro estrelas, com 120 quartos; e do Convento de Santa Joana, na Rua de Santa Marta, numa unidade hoteleira de cinco estrelas com 150 quartos.


As maiores novidades urbanísticas vão no entanto para as transformações em unidades hoteleiras de luxo das instalações de duas das mais tradicionais instalações de órgãos de comunicação social: o Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade, ao Marquês de Pombal, e a Rádio Renascença, na Rua Capelo, ao Chiado. A RR mudar-se-á para a Quinta do Pastor entre, na Buraca, dando lugar no Chiado a um hotel de charme com 94 quartos; o DN está previsto que se mude para as Torres de Lisboa, juntando todas as redacções e serviços do grupo empresarial que detém os títulos do DN, JN, TSF, O Jogo.